top of page

Desafios dos profissionais da linha de frente na pandemia

  • webjornalismoanhan
  • 20 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de nov. de 2021

Por Antônia dos Santos

20/11/2021


A COVID-19, causada pelo vírus conhecido como novo coronavírus, uma doença que rapidamente infectada se espalha de pessoa para pessoa através do trato respiratório, primeiro se espalhou pela China em dezembro de 2019, depois em mais de 200 países. Em 30 de janeiro de 2020, após o prejuízo que a Organização Mundial da Saúde já havia visualizado, foi declarada emergência de saúde pública de relevância internacional , e somente no mês de março, foi denominada COVID-19 uma pandemia.

Por se tratar de uma doença nova, fica evidente que um dos desafios enfrentados logo no início da pandemia pelo profissional de saúde foi lidar com a falta de recursos materiais, principalmente no Sistema Único de Saúde, portanto, profissionais de saúde que estão na linha de frente, principalmente enfermeiros, estão expostos a situações e condições precárias. Na área de atuação, além da falta de equipamentos de proteção individual (EPIs),os tornam mais suscetíveis à contaminação.


Acompanhe agora o relato da enfermeira Mônica Araújo, sobre os desafios enfrentados por ela em seu ambiente de trabalho:



Mônica Araújo, 36, é enfermeira intensivista e trabalha no hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, em Fortaleza-CE.

(foto: Arquivo pessoal Mônica)


"Cuido de pacientes com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). São pacientes em estado grave. A maioria depende de ventilação mecânica e de medicamentos para manter a pressão, realizando hemodiálise. Ao chegar na UTI, me visto com os equipamentos de proteção onde muitas vezes falta este equipamento, ter que lidar com tudo isso é muito desafiador porque precisamos de materiais necessários e medicamentos para salvar essas vidas.



Tem sido um desafio a cada dia. Já trabalho com pacientes críticos há cerca de três anos, mas não tinha enfrentado algo parecido. São todos muito graves. Às vezes me sinto impotente, por mais que faça meu trabalho parece não ser suficiente porque os pacientes melhoram pouco ou só pioram. Ver a gravidade da saúde deles, os óbitos e a distância da família me deixa muito triste. Chego na minha casa muito triste e pensativa nos pacientes, inclusive, estou lidando com ansiedade e insônia, tendo que recorrer à medicação para amenizar a situação, diante de tudo isso fica muito difícil pois prejudica muito a saúde mental do profissional”.

No Brasil, são mais de dois milhões de profissionais de enfermagem onde não são atendidos em suas necessidades, não tem carga horária regulamentada, nem um piso salarial digno, muitos profissionais são obrigados a arriscarem a própria vida para salvar tantas outras sem as mínimas condições adequadas.


O relato de Mônica contextualiza um cenário conhecido mundialmente. A crise já teve começo. Porém, não tem previsão de fim. Nisso tudo, há inúmeros desafios e problemas enfrentados por esses profissionais.


Veja mais relatos dos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde no vídeo abaixo:




Confira um áudio sobre o assunto no link abaixo:


Comments


bottom of page