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Covid-19: saúde mental de trabalhadores durante a pandemia

  • webjornalismoanhan
  • 27 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

Insônia, ansiedade e incertezas fazem parte da realidade de milhares de brasileiros


Por Giovanna Coelho

27/11/2021


A covid-19 surtiu diversos efeitos na sociedade. Um deles, são as muitas emoções negativas e a dificuldade em lidar com elas. (Foto: Pexels)


A pandemia causada pela Covid-19 certamente causou impactos sociais, econômicos, culturais e políticos em todo o mundo. Um deles, a longo prazo: a saúde física e mental das pessoas foi afetada por diversos fatores inerentes à doença.


A realidade imposta pelo coronavírus alerta para os efeitos do isolamento social, aliados às mudanças constantes na rotina de milhões de pessoas. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos mostra que 53% dos brasileiros alegaram que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano.


Os sintomas vão desde insônia a ataques de pânico e depressão. A forma como cada indivíduo lida com as emoções causadas pela Covid-19 torna-se fundamental neste momento, já que a doença mudou a história do mundo em todos os sentidos.


As medidas de contenção da doença implementadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) resultaram em mudanças na jornada de trabalho da população mundial. O distanciamento social, o uso de máscaras e álcool em gel e o trabalho remoto agora fazem parte da realidade, do “novo normal”.


A auxiliar administrativo Eloina de Souza explica como a sua saúde emocional reagiu à pandemia. “Foi um período de muita turbulência e medo, o que ocasionou em noites de insônia e falta de apetite. No início foi complicado — demorei um pouco para procurar ajuda profissional. Em seguida, realizei o tratamento com medicamentos e terapia uma vez na semana”, disse Souza.



Larissa Rocha intensificou os cuidados em relação à Covid-19 e procurou ajuda profissional para auxiliar em sua saúde emocional (Foto: arquivo pessoal)


Para a auxiliar administrativo Larissa Rocha, a prevenção em relação ao vírus e o cuidado com a saúde mental fez toda a diferença. “O período de instabilidade e incerteza me gerou crises de ansiedade, pensamentos intrusivos, medo e insônia. Eu fiz terapia psicológica, descobri formas de controlar a ansiedade e tomei todas as precauções necessárias em relação ao coronavírus”. A respeito das mudanças na rotina, ela acrescenta: “Demorei um pouco para me adaptar. No início, perdi o fôlego com a máscara, tive dificuldades em me adequar ao teletrabalho. Mas com o tempo foi ficando natural”, explicou.


Muitas informações

Nesta época, um termo pouco conhecido na sociedade se torna relevante: a infodemia. O excesso de informações causou conflitos e acabou na desinformação da população. Saiba mais sobre a expressão no vídeo abaixo:




João Vítor passou a trabalhar de forma remota durante a pandemia. Ele frequentemente acompanhava as notícias a respeito da Covid-19. (Foto: arquivo pessoal)


O estagiário de publicidade João Vítor Rosa acompanhava o grande fluxo de informações — tanto na televisão, quanto na internet. “Todos os dias eu via o número de casos de Covid-19 e sentia um certo desânimo quando os dados pioravam”, contou.


No início da pandemia, quando os primeiros casos da doença surgiram, a estagiária de marketing Márcia Cristina da Silva trabalhava na comunicação de um hospital em Brasília. Ela explica que isso contribuiu para que ela não fosse vítima do excesso de informações. “Eu estava em um ambiente em que a informação real era extremamente necessária, então as fakenews não me convenciam facilmente. Trabalhando na área da saúde eu poderia contestar e aprender sobre o assunto. Isso me manteve segura com relação a isso”, disse Silva.


A solução para o designer gráfico Messala Ciulla foi reduzir a frequência com que acompanhava as informações. “A pandemia aumentou a minha ansiedade — isso fez com que eu parasse de ler, assistir ou ouvir as notícias”.


Confira a matéria em áudio:







 
 
 

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