A consequência dos usos de contraceptivos na saúde da mulher
- webjornalismoanhan
- 27 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Por Andressa Tolentino
Se você é mulher e já começou sua vida sexual provavelmente já se deparou com a dúvida de qual contraceptivo iria usar. Se perguntou sobre anticoncepcional seu pró e contra, sobre DIU, laqueadura e camisinha. E aí quando foi pesquisar se deparou com inúmeras informações como por exemplo como um anticoncepcional pode trazer malefícios para a sua saúde.
Além de não ser um método 100% eficaz ainda foi considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como eventualmente carcinogênico. Isso se dá pela quantidade exorbitante de hormônio que vai para a sua corrente sanguínea. Fora o risco de trombose, dor de cabeça, cansaço, falta de libido entre outros malefícios.
Pensando nisso, você foi pesquisar sobre o DIU, um método mais seguro e com menos danos à saúde. Na sua pesquisa você se deparou com o preço que está totalmente fora do seu orçamento. Um DIU pode chegar a ser até mil reais, dependendo do médico e região. No SUS a fila de espera para o procedimento pode durar meses.
Sendo assim, você foi para o último item da sua pesquisa: laqueadura. Pensou, pensou, pensou e chegou à conclusão que não quer ser mãe. E chegou à conclusão que a laqueadura é a melhor opção. Mas se depara com um grande problema não se enquadra em nenhuma condição para a cirurgia. No Brasil as regras para a realização da laqueadura, no SUS ou pelo convênio, estão na lei de planejamento familiar (lei federal n° 9.263/96). A condição básica para que uma mulher esteja apta a realizar a cirurgia é ter mais de 25 anos ou pelo menos dois filhos vivos.
E mesmo você se enquadrando nessas condições, ainda sim precisa esperar no mínimo 60 dias entre o pedido e a cirurgia para caso de arrependimento, neste período a mulher deverá comparecer ao planejamento familiar. Além disso, a lei obriga que tenha autorização do cônjuge.
Batemos um papo com nossa entrevistada, Adriana Santos que é laqueada, ela nos contou um pouco de sua história com a cirurgia:
“Antes de ter minhas filhas eu tive 3 abortos espontâneos. Minha segunda filha eu tive com 24 anos, e foi uma gravidez de risco. Eu tive pré-eclâmpsia e quase morri, não tinha passagem, ambos meus partos foram cesarianas. Quando o médico me viu naquela situação ele me ofereceu a cirurgia e eu aceitei. Não me arrependo nem um pouco. Foi uma das melhores decisões que já tomei na minha vida.”
Adriana não se adaptava a nenhum outro método contraceptivo. Tinha alergia a anticoncepcional e seu corpo rejeitou o DIU.

Confira também o podcast sobre o assunto.
A gravidez na adolescência também é um grande problema no Brasil. Confira no link a matéria sobre o assunto.
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