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Gravidez na adolescência

  • webjornalismoanhan
  • 20 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

A gravidez na adolescência, ainda é um assunto tabu em várias famílias brasileiras mas é algo da nossa realidade e que deve ser tratado com os filhos, principalmente aqueles que estão na fase da adolescência.

Atualmente a união estável no Brasil não é permitida para pessoas menores de idade, mas, a partir dos 16 anos, muitos jovens se casam com a autorização dos pais. Segundo dados do IBGE, isso aconteceu com quase 22 mil meninas.

Em 2021 a ginecologista Denise Leite Maia Monteiro realizou um estudo que apontou que a gestação em adolescentes diminuiu 37,2% nos últimos 20 anos. A pesquisa foi feita considerando o número de nascidos vivos (NV) de mães entre 10 e 19 anos de idade, entre os anos de 2000 e 2019. A pesquisa também demonstrou que te uma redução da gravidez na adolescência entre meninas de 10 a 14 anos, que teve uma redução menor que entre o grupo de 15 a 19 anos.



Mães na adolescência


Conversamos com Vivian Emanuele Nepomuceno, que teve seu filho com apenas 17 anos. Atualmente, com 21, se encontra mais estável mas ainda se lembra de como foi difícil a aceitação de sua gravidez, sendo tão nova.

“Para mim foi um “baque” muito grande pois não era algo que eu queria e nunca tinha cogitado a ideia de ser mãe ainda na adolescência. Foi um período muito difícil, mesmo com todo o apoio que eu tive. Atualmente estou estabilizada emocionalmente, estudando e não cogito a ideia de ter mais filhos”.

Vivian afirma ainda que mesmo seguindo sua vida, tendo o apoio da sua família, ter filho precocemente acabou desestruturando um pouco sua vida.

A pscicóloga Ana Carolina Borges, diz que pensar assim é algo normal para mulheres que têm filhos ainda na adolescência, porque é uma realidade que ainda não estão preparadas para lidar.

“Ter o pensamento de que “a vida acabou” e normal para a maioria das mulheres que viram mães precocemente, mas, é importante lembrar que as mesmas podem continuar a vida normalmente, estudando e lutando por um futuro melhor para si mesma e para os filhos”.

Ana Carolina afirma ainda que é muito importante o apoio da família para essas adolescentes, visto que muitas ainda não são casadas com o pai da criança.

“A maioria dessas adolescentes ainda moram com os pais, então é importante que a família ajude e apoie no que for possível, para que elas não tenham ainda mais dificuldades na aceitação da gravidez e claro, não ter o psicológico tão afetado”, afirmou.


Documentário Meninas





O documentário Meninas disponível no YouTube trás, a história de três adolescentes moradoras de comunidades carentes do Rio de Janeiro, que tiveram a gravidez precoce, na adolescência. Dirigido por Sandra Werneck, foi gravado no ano de 2006.

As adolescentes têm entre 13 e 16 anos, e o documentário mostra a realidade da aceitação da gravidez, do relacionamento com as famílias e da situação após o nascimento das crianças. O documentário está disponível nesse link.



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